Indústria de Transformação: Projeção para 2022

Marketing | 10 Minutos de Leitura

Indústria de transformação deve desacelerar e crescer 0,5% em 2022, estima CNI

A Confederação Nacional da Indústria avalia que atividade industrial esteja mais aquecida no segundo semestre de 2022, se houver a recuperação de serviços em nível próximo ao registrado antes da pandemia.

PIB e Inflação

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a entidade estimou alta de 1,2% em 2022, contra 4,7% em 2021. O mercado financeiro, por sua vez, estima crescimento de 4,65% para a economia neste ano e de 0,5% em 2022.

De acordo com Robson Andrade, presidente da CNI, a expansão do PIB neste ano reverte a queda de 2020, mas o resultado não significa que os problemas tenham sido superados.

“Há perda de ritmo da atividade econômica e as perspectivas para o próximo ano não são muito animadoras”, declarou.

Para 2022, a CNI projeta um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, em 5%, no teto da meta de inflação. Esse cenário considera que não devem ocorrer novas alterações nas regras fiscais, que poderiam elevar a inflação, por meio da depreciação do real.

Na avaliação da entidade, a continuidade do aumento da taxa básica de juros, o desemprego ainda elevado, as despesas do governo federal em queda, a atividade econômica moderada e a estabilidade nos preços dos combustíveis devem fazer com que a inflação desacelere no ano que vem.

Prioridades

Para 2022, o presidente da CNI, Robson Braga, avalia ser importante combater o Custo Brasil. Para isso, ele pede a aprovação da reforma tributária sobre o consumo, que mexe no ICMS, PIS e Cofins.

Segundo ele, o Brasil necessita de medidas que melhorem o ambiente de negócios e promovam a inserção internacional das empresas, além de políticas para atrair investimentos produtivos vinculados às cadeias globais de valor.

“É indispensável eliminar a cumulatividade do sistema tributário e reduzir as despesas com logística e energia, para mudarmos a rota de baixo crescimento da última década”, disse. Ele também defendeu a reforma administrativa e a regulamentação do teto remuneratório do funcionalismo público como forma de contribuir para o equilíbrio das contas públicas.

Dificuldades em 2022

Já para Marcelo Azevedo, gerente de análise econômica da CNI, mesmo com os níveis de ocupação crescendo, não há melhora na renda real, o que diminui o poder de compra e traz incertezas, após a produção industrial registrar queda de 0,6% em outubro comparado a setembro de 2021, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados hoje.

Esse foi o quinto resultado negativo consecutivo, levando a 3,7% a perda acumulada do setor no intervalo. Se comparado ao patamar de fevereiro de 2020, um mês antes do início da pandemia de Covid-19, o setor está 4,1% abaixo.

“Realmente o início do ano que vem [2022] ainda vai ser muito difícil. Por mais que a gente tenha começado a melhorar esses problemas da oferta, após as restrições nos insumos, por exemplo, com esses aumentos de custos, ainda está longe de uma normalização. Os efeitos serão sentidos nas indústrias e se refletirão nessa produção menor ainda durante algum tempo”, avaliou Azevedo.

O gerente da CNI explica que mesmo com os níveis de ocupação crescendo, com a indústria acumulando altas de 5,7% em doze meses, não há melhora na renda real, o que diminui o poder de compra e traz incertezas para o mercado.

“Sem dúvida essa questão da demanda, vemos a ocupação crescendo, mas não vê a mesma coisa acontecendo com a renda real, a inflação está correndo o poder de compra. Incertezas que fazem os consumidores resistirem para tomarem algumas decisões. Isso realmente não vai mudar agora na virada do ano, deve persistir por algum tempo”, continua.

Produtividade

Segundo o estudo Produtividade na Indústria, da CNI, a produtividade do trabalho na indústria de transformação caiu 1,3% no terceiro trimestre de 2021, na comparação com o trimestre anterior.

Se for dividido o volume produzido pelas horas trabalhadas, a produtividade retornou ao patamar mais baixo desde o início da pandemia da Covid-19, em março de 2020. Se for comparado entre os trimestres, o volume produzido caiu 1,9%, e as horas trabalhadas tiveram recuo menor, de 0,6%.

Excesso de Estoques

Diferentemente do fim do ano de 2020, em 2021 a indústria produziu menos por conta do excesso de estoques e também pela dificuldade de adquirir matéria-prima no mercado. Essa tendência se justifica quando a Produção Industrial Mensal (PIM-PF), medida pelo IBGE, é analisada. De janeiro a outubro deste ano, o resultado da PIM-PF foi pífio e atingiu o razoável 0,7%, na comparação com 2020.

Por outro lado, os resultados dos PIBs do Estado e do País apresentaram resultados diferentes e positivos no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2020. O PIB de Pernambuco cresceu 2,4% e o do Brasil atingiu 4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, marcando positivamente também no acumulado de 2021, sendo 5,1% e 5,7% de elevação, respectivamente. “Isso aconteceu por conta da reabertura dos demais setores, o que provocou uma guinada maior em ambos os resultados, já que o crescimento deste ano foi em cima de um desempenho muito ruim registrado em 2020”, acrescentou Andrade, frisando que “qualquer melhora em cima de zero é boa”.

Outro fator de preocupação em 2021 foi a taxa de desocupação em Pernambuco, que configurou como uma das maiores do País. Atualmente, o Estado está com 19,3% da sua população desocupada (população economicamente ativa em busca de emprego) e lidera o ranking dos estados brasileiros com essa mesma problemática, à frente da Bahia (18,7%), do Amapá (17,5%), de Alagoas (17,1%), de Sergipe (17%) e do Rio Grande do Sul (15,9%). Pernambuco está acima também da média do Brasil, que, atualmente, está com 12,6% da sua população economicamente ativa sem emprego.

Emprego x Indústria

Com relação ao quantitativo de oportunidades geradas pela indústria este ano, o setor pernambucano vem repondo o que foi perdido durante o período mais crítico da pandemia. Em razão disso, o saldo de empregos gerados pelo segmento no acumulado de janeiro a outubro de 2021 é de 15.785 empregos. Esse número se trata do resultado final entre os admitidos e os demitidos.

“Num país em crise, o emprego é o último ponto a se recuperar e na indústria estamos vendo que, dia após dia, o segmento vem resgatando o seu quadro de pessoal de antes da pandemia, motivado, sobretudo, pelo reaquecimento da construção civil”, afirmou. É que o setor ficou meses parado por não ser considerado essencial e por ser um dos segmentos com mais elasticidade na hora da contratação, já que as grandes obras requerem sempre um quadro de pessoal volumoso.

O que sua empresa ainda pode fazer a respeito?

Realmente o ano de 2022 começou difícil. Nunca se fez tão necessário investir em vendas de forma bem assertiva. Nós, da Lotos Estratégia, podemos ajudar a sua empresa a focar na geração de receita, através da consultoria em Sales Enablement.

Sales Enablement é um conjunto de práticas adotadas por uma empresa para aperfeiçoar e capacitar profissionais de vendas. A área de Sales Enablement é responsável por criar e otimizar processos, definir as diretrizes de contratação e fornecer ferramentas, treinamentos e insumos para melhorar rotinas e performance de vendedores.

Os produtos e as propostas de valor do negócio devem responder prontamente às modificações na demanda do cliente e a área de vendas é uma das que mais sente esse impacto. O investimento de dinheiro, tempo e energia muitas vezes não retorna o esperado em receita.

No Vale do Silício é comum ouvir falar sobre esse tema, ainda que cada empresa tenha a sua própria abordagem. Nessas empresas, é possível enxergar um valor financeiro e cultural em ter programas sólidos de gestão de performance. E nisso, todas concordam: Sales Enablement é sempre um conjunto de técnicas e práticas que objetivam otimizar a performance de vendas.

Quais os benefícios de Sales Enablement?

De forma geral, o maior benefício da área é otimizar o retorno do investimento no sistema de vendas. Nesta linha, podemos quebrar esse benefício em algumas etapas:

  • Equipar o time de vendas com conhecimento, habilidades, processos e ferramentas
  • Ajudar os vendedores a manter conversas produtivas com potenciais clientes
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  • Aumentar a produtividade de vendas
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  • Proporcionar uma experiência positiva ao cliente

 

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Referências utilizadas neste artigo:

  • https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/12/15/industria-de-transformacao-deve-desacelerar-e-crescer-05percent-em-2022-estima-cni.ghtml
  • https://www.cnnbrasil.com.br/business/industria-ainda-ira-enfrentar-dificuldades-em-2022-afirma-gerente-da-cni/
  • https://revista.algomais.com/economia/industria-projeta-estagnacao-para-2022
  • https://resultadosdigitais.com.br/blog/sales-enablement/#:~:text=Sales%20Enablement%20%C3%A9%20um%20conjunto,e%20capacitar%20profissionais%20de%20vendas.&text=Os%20produtos%20e%20as%20propostas,que%20mais%20sente%20esse%20impacto.

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